Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, fazei-o vós também a eles. (Mateus 7:12)

Para refletirmos...

A TIGELA DE MADEIRA
Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, fazei-o vós também a eles. (Mateus 7:12)

Um senhor de idade foi morar com seu filho, a nora e o netinho de 4 anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão, embaçada, e seus passos, vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô atrapalhavam na hora de comer: ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, o leite era derramado na toalha da mesa. E o filho e a nora irritavam-se com a bagunça.

Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai -disse um dia o filho à esposa- Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.

Então eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho, enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. E desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida passara a ser servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali, sozinho, às vezes via lágrimas correndo de seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe dirigiam eram admoestações ásperas - especialmente quando deixava um talher ou a comida cair ao chão.

Seu netinho, o menino de 4 anos de idade, assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que ele estava no chão, montando algo com pedaços de madeira. Então perguntou delicadamente à criança: Filhinho, o que você está fazendo?

O menino respondeu, docemente: Estou fazendo uma tigela para você e para a mamãe comerem, quando eu crescer.
E continuou trabalhando em sua tigela.

Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que ficaram mudos. Caindo em si, lágrimas começaram a correr de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, o casal sabia o que precisava ser feito: naquela mesma noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.

Dali para frente e até o final de seus dias, o velhinho comeu todas as refeições com a família. E, por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, o leite era derramado ou a toalha da mesa sujava com o caldo de feijão...

Pimenta nos olhos dos outros é refresco, diz o ditado. Nós não nos apercebemos do mal que fazemos ao próximo até que o mesmo mal seja feito a nós.

 Léia C. Roncaglio

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